terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Desenho animado muito educativo

O desenho Dora, a aventureira é muito importante para as crianças, seria interessante ter dvd em casa também, pois além de ser bem divertido e colorido, mostra características para formação de um bom caráter.




Personagens:


DORA


Dora é uma menina de 7 anos que, com a ajuda de seu amigo Botas, vive muitas aventuras para ajudar seus amigos. Dora mora com seus pais.


BOTAS


Botas é um macaquinho amigo de Dora que a acompanha em quase todos os episódios, exceto no episódio Viagem no Mundo.


RAPOSO


Raposo não é necessariamente um personagem mau porém muitas vezes atrapalha Dora e Botas. Ele mora no Monte BlueBerry.


MAPA


O Mapa é responsável pela primeira vinheta do programa e é o personagem que mostra que caminho Dora e Botas devem percorrer.


MOCHILA


A Mochila é responsável pela segunda vinheta do programa e ajuda Dora e Botas, pois guarda os objetos que eles precisam em cada programa.


BENNY


é um touro que é um dos amigos de Dora e Botas, ele mora em um celeiro. É alergico a flores.


TYCO


Tyco é um esquilo amigo de Dora e Botas que fala inglês e espanhol.IsaIsa é uma iguana também amiga de Dora e de Botas.


Outros personagens


também aparecem no desenho como a mãe, o pai e a avó de Dora; a Grande Galinha Vermelha, o Mister Tucan, Blue o trem e a Mini Blue Bird e seu primo DIEGO, que também é outro desenho (Go, Diego, go) que comentarei em breve.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Considerações sobre a missão de educar

Recebi esse e-mail e resolvi compartilhar as informações, uma vez que concordo em muito aspectos.
Em relação às informações apresentadas segue o conteúdo completo do e-mail que recebi.
"Anotações de palestra ministrada pelo Dr. Içami Tiba, Psiquiatra, em Curitiba,
23/07/08.
Médico pela Faculdade de Medicina da USP. Psiquiatra pelo Hospital das Clínicas da FMUSP.
Professor-Superviso r de Psicodrama de Adolescentes pela Federação Brasileira de Psicodrama.
Membro da Equipe Técnica da Associação Parceria Contra Drogas - APCD.
Membro Eleito do Board of Directors of the International Association of Group Psychotherapy.
Conselheiro do Instituto Nacional de Capacitação e Educação para o Trabalho "Via de Acesso".
Professor de diversos cursos e workshops no Brasil e no Exterior.
Criou a Teoria Integração Relacional, na qual se baseiam suas consultas, workshops, palestras, livros e vídeos.

1. A educação não pode ser delegada à escola.
Aluno é transitório. Filho é para sempre.
2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo.
Não se pode castigar alguém com internet, som, tv, etc.
3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo.
Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados.
4. Confrontar o que o filho conta com a verdade real.
Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.
5. Informação é diferente de conhecimento.
O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.
6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar.
Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer?
A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa.
A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai disse que não ganhará doce, a mãe não pode interferir.
Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente.
Em casa que tem comida, criança não morre de fome . Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.
7. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.
8. Temos que produzir o máximo que podemos, pois na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio. Não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.
9. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente, pois aquela informação, de que droga faz mal, não está gerando conhecimento.
10. A gravidez indesejada é um sucesso biológico, e um fracasso sob o ponto de vista sexual.
11. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para da droga fazer uso. A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões.
Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia.
Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo'.
12. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.
13. Homem não gosta quando a mulher vem perguntar:
'E aí, como foi o seu dia?'. O dia, para o homem, já foi, e ele só falará se tiver alguma coisa relevante. Não quer relembrar todos os fatos do dia..
14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias.
Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.
15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.
16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação.
Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação.
Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se desistir ou for mal na faculdade.
17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.
18. Mães, muitas são loucas. Devem ser tratadas. (palavras dele).
19. Se a mãe engolir sapos do filho, a sociedade terá que engolir os dele.
20. Videogames são um perigo. Os pais têm que explicar como é a realidade.
Na vida real, não existem 'vidas', e sim uma única vida.
Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.
21. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.
22. Pai não pode explorar o filho por uma inabilidade que o próprio pai tenha.
'Filho, digite tudo isso aqui pra mim porque não sei ligar o computador'.
O filho tem que ensiná-lo para aprender a ser líder. Se o filho ensina o líder (pai), então ele também será um líder. Pai tem que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível o pai pagar para falar com o filho que mora longe.
23. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa.
Não há hierarquia. O filho não pode ser a razão de viver de um casal.
O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.
24. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.
25. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que saber qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto que isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.
26. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Tem que controlar e ensinar a gastar.
Frase: "A mãe (ou o pai!) que leva o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia..."
Você não pode evitar que os problemas batam à sua porta, mas não há
necessidade de oferecer-lhes uma cadeira.
(Joseph Joubert)"

sexta-feira, 24 de julho de 2009

sábado, 18 de julho de 2009

Pedagogia do medo

Em tempos de impedir a reprovação em grande número, diversas escolas utilizam o sitema de avaliações após o ano, com a intenção de dar uma nova chance ao aluno.
Sendo assim vem à tona a discussão sobre é possível aprovar quem não aprendeu? Ou então é certo aprovar quem não aprendeu?
Trata-se de um tema difícil, pois não podemos afirmar o que tal decisão irá fazer com o aluno. Pode ser que uma vez reprovado, possa melhorar o seu desempenho no próximo ano, ou desestimular, podendo ser a mesma inércia do ano anterior.
Mas a questão maior está no fato do aluno não estudar durante todo o ano e no final ter essas chances, é uma falta de respeito ao profissional que se dedicou durante o mesmo período, um desrespeito aos colegas que estudaram e fizeram tudo conforme as regras.
É claro, que tem aqueles alunos que realmente possuem suas dificuldades de aprendizagem, mas isso deveria ter sido mais trabalhado desde o início de sua formação escolar, e não deixar para que o próximo professor "resolvesse" a situação.
O economista Cláudio de Moura Castro escreveu sobre isso na revista Veja de 17/12/2008 (página24), ele comenta "O medo da repetência leva o aluno de classe média a estudar, para evitar os castigos. Nas famílias mais modestas não há medo nem pressão para que os filhos estudem... Famílias de classe baixa são fatalistas, assistem passivamente à reprovação dos seus filhos. Se não aprendem a lição é porque 'sua cabeça não dá'. Na classe média, se levar bomba, há um sermão além de restrições ao que o aluno goste. Reina a 'pedagogia do medo da bomba'".
Várias vezes venho falado e escrito sobre o assunto da melhoria da educação, tenho visto e lido também várias sugestões para que se resolvam grande parte dos problemas, mas acredito que tudo deve partir da melhoria da qualidade da educação.
Seja por parte do corpo docente, seja por parte dos políticos. A remuneração deve ser equivalente ao valor do profissional, e os profissionais devem ter real compromisso.
Um erro que considero gritante é que até há um pequeno tempo atrás, o ensino infantill era prestado por pessoas sem faculdaed, que tivessem apenas o curso de magistério. Onde já se viu, colocar para ensinar a base essencial para as crianças, pessoas que não possuíam um estudo completo?
Por isso, hoje colhemos seus frutos amargos. Existe a pedagogia do medo: medo de reprovar, medo de perder alguma coisa que goste, medo de se tornal banal a educação e o papel do professor. Medo de ensinar o correto e perder o espaço para os que aceitam o sistema de índice de reprovação zero. Medo de opinar, medo de agir, enfim, quando se "passa" ou "ajuda a passar" alunos que não estão preparados, estaremos criando uma sociedade com medo de aprender, medo de se tornar alguém melhor, de ajudar o cidadão a crescer e não de se formar um ser covarde em relação ao crescimento intelectual.
Por Roberta Simões

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O significado do desenho infantil

A expressão de sentimentos e de se comunicar já foi feita através de desenhos. Desde tempos antigos, os seres humanos demonstram o conhecimento do mundo através dessa prática, como força criativa e representação de aspectos culturais.
Os rabiscos constituem-se como as primeiras manifestações da arte da criança. Entre 2 e 3 anos de idade, a criança ainda não faz desenhos com significado representativo. Gradativamente a criança vai expressando traços mais significativos, nessa idade, o que se nota são traços leves, ou fortes, pequenos rabiscos, etc.
A partir deles, ela descobre que pode produzir movimentos e traços, inaugurando seu poder de expressão de idéias, sentimentos e autorias.
Através dessa ação criadora, a criança constrói, continuamente, hipóteses originais sobre a realidade no seu encontro com o mundo.
Nessa idade, o desenho não é uma cópia da realidade e sim a expressão da sabedoria da criança.
Ao observarmos esses desenhos, podemos aprender sobre as habilidades que a criança possui: desenhar implica defrontar-se com questões técnicas, estéticas, geométricas, espaciais e de sensibilidade, que se encontram na superfície do papel.
A partir de três anos de idade, a criança já tenta desenhar de acordo com a sua realidade, e conforme a própria percepção.
A análise e conhecimento sobre a relação entre pensamento e desenho e suas fases evolutivas, juntamente à importância da análise do desenho como expressão dos sentimentos e idéias – o desenho como linguagem – trazem elementos para que o educador reflita sobre suas intervenções diante das propostas de produção. Torna-se necessário também, o reconhecimento de que os desenhos representam símbolos da cultura de um povo, valores e formas da vida social das comunidades.
Através do desenho de uma criança é possível analisar seu caráter, sua personalidade, temperamento e carências. É possível também através do que a criança desenha, descobrir e reconhecer as fases pelas quais a criança está a passar, suas dificuldades, bem como seus pontos positivos.
No entanto, podemos analisar alguns desenhos simples mas que já indicam muitas coisas, por exemplo os desenhos dos seguintes itens:
Árvore - refere-se ao físico, emocional e intelectual da criança. Quando o tronco da arvore é alto e largo, revela que seu filho tem muita força na superação dos problemas. Quando o tronco for pequeno e estreito, revela vulnerabilidade às complicações. Se houver excesso de folhas, a criança tem grande ocupações demais. Se houver poucas folhas, e galhos a criança está triste.
Casa - Desenho de uma casa grande, demonstra grande emotividade, se for uma casa pequenina seu filho demonstra que é uma criança retraída.
Barco - Desenhar barco significa que a criança adapta-se facilmente a imprevistos. Barcos grandes, revela que seu filho não gosta de mudanças e aprecia ter controlo da situação, se for barco pequeno seu filho é sensível, e tem grande intuição.
Flores - desenhar flores significa que seu filho é uma criança alegre e feliz.
Sobre esse assunto podemos encontrar alguns livros interessantes, o livro “Como interpretar os desenhos das crianças” da pedagoga Nicole Bedard poderá ajudar a compreender melhor os desenhos das crianças e assim poder conhecê-las melhor.
O Livro “A Criança e sua Arte” de Viktor Lowenfeld, afirma que ao observarmos os desenhos da criança, é possível notar uma evolução lógica, com características semelhantes em idades próximas.
Já no livro “O Desenho Infantil” de Georges-Henri Luquet Luquet nos diz que um desenho é a obra da criança, produto e manifestação da sua atividade criadora, e que o exercício dessa atividade e de criatividade e consequentemente, é acompanhado de um grande prazer.
Para a coordenadora pedagógica Adriane de Oliveira e Silva (MG) deve haver uma apreciação dos desenhos de crianças e adolescentes, além de muito contribuir para a reflexão sobre a prática do desenho na escola, serve como material de apreciação e deleite para a sociedade. A produção artística das crianças pertence ao patrimônio de uma comunidade e como tal deve ser admirada por todos.
Cabe ainda destacar o livro “O Professor da Pré-escola” – vol 1de Monique Deheinzelin , que nos alerta para o principal objetivo do ensino-aprendizagem do desenho na escola: o de favorecer o percurso criador dos alunos, privilegiando os processos de realização do desenho e não apenas o seu produto final.
Só se aprende a desenhar, desenhando. O ato de criar proporciona o pensamento independente, a flexibilidade, a criatividade, traduzindo na criança sentimentos, que podem ser entendido como alegria, felicidade, desabafo.
Texto por Roberta Simões

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Educação emocional

Todos os dias nos deparamos com situações emocionais. Seja no trânsito, no trabalho, na vizinhança, alguma injustiça cometida entre outras. Mas nem sempre percebemos tais sentimentos. Às vezes, simplesmente deixamos de lado. Outras explodimos com alguém (até mesmo sem ter nada a ver com o ocorrido) e depois nos arrependemos.
Alguns autores já trabalham com pesquisas e já produziram um bom trabalho sobre esse tema tão importante. Claude Steiner e Daniel Goleman já perceberam o quanto a inteligência emocional se torna necessária nas relações. Ambos demonstram em seus livros o que devemos fazer para aprender a administrar e controlar nossas emoções, para assim, estabelecermos relacionamentos verdadeiros e afetuosos.
A Inteligência Emocional está relacionada a habilidades tais como motivar a si mesmo e persistir mediante frustrações. A minha preocupação maior com a educação emocional é a sua formação na infância. Quando as crianças não desenvolvem na infância estas habilidades e competências sócio-emocionais, podem tornar-se adultos insensíveis e indiferentes à dor e ao sofrimento alheios, inclusive quando estes são causados por si mesmo. Por isso, a educação emocional e a educação de valores são importantes, desde a infância, para promover o desenvolvimento de uma personalidade socialmente equilibrada.
Hoje em dia sabemos que, desde pequenas, as crianças são capazes de sentir todas as emoções de um adulto, só que ainda não sabem como percebê-las, rotulá-las, compreendê-las, nem regulá-las. Tudo isto precisa de ser aprendido. A educação emocional é algo que tem que ser aprendido, não é uma questão que já vem dentro do ser-humano.Ser inteligente, na sociedade ocidental, desde então, passou a ser considerada uma propriedade da razão, como, por exemplo, distinguir-se no domínio das línguas clássicas, do raciocínio matemático, das ciências ou da filosofia. A partir das contribuições de Alfred Binet, já no século passado, iniciou-se um intenso esforço para medir esta suposta faculdade unidimensional, através da pontuação obtida em testes de capacidade cognitiva, como os de QI.Ora, para poder aprender a regular as suas próprias emoções é necessário, antes, que a criança aprenda os passos precursores essenciais de perceber, identificar, rotular e compreender os seus eventos emocionais.
Essa capacidade de perceber é inata, mas precisa ser amadurecida. As de identificar, rotular e compreender, ao contrário, são organizadas, pouco a pouco, na interacção social. Não sendo, portanto, naturais. Muitas vezes demorada.
O que permite o desenvolvimento de uma consciência emocional é o exercício continuado das emoções vividas. É fundamental ser capaz de identificar as próprias emoções para entendê-las e para, só depois, conseguir entender as dos outros.
Só quando se consegue avaliar com exactidão o que os outros sentem é que se pode reagir de forma solidária. Daí se conclui, portanto, que não se pode pretender ensinar solidariedade, sem antes educar emocionalmente.
Da mesma forma que valores e atitudes são aprendidos em situações concretas, e não teoricamente, também assim é com a regulação eficaz das próprias emoções. Grande parte desta aprendizagem ocorre conscientemente, ou inconscientemente, por imitação dos adultos.
Um problema sério, já que a expressão da raiva é, muitas vezes, a única modalidade de emoção que as crianças vêem os adultos à sua volta expressar. Pior ainda é quando esta é expressa em conflitos irrefletidos e, por vezes, até violentos.
Ainda para piorar a situação, a mídia, através de novelas principalmente, desenvolve uma cultura de que o vilão e os erros são naturais.
Reações emocionais inteligentes precisam de ser aprendidas com o auxílio de outros e pela prática e exercício continuados, não somente por preceito e instrução verbal.
As crianças precisam de modelos, exemplos e de intervenções pedagógicas para aprenderem a lidar com suas próprias emoções.
Isto deve ser feito não só em casa, como também na escola. Como educadores, devemos estar atentos às situações que favorecem esta aprendizagem. E assim, a cada dia, educarmos nossas crianças.
Texto por Roberta Simões

domingo, 12 de julho de 2009

Ensino fragilizado


A charge apresentada traduz o sentimento de muitas pessoas que conheço.
Têm acontecido muitas conversas, discussões, sugestões para que a educação seja melhorada.
Tentam encontrar uma solução, mas de todas elas, nenhuma se torna eficaz e efetiva.
Na verdade, tem se visto resultados e trabalhado em cima de resultados, não estão procurando as causas.
Tem de se observar desde a mentalidade da universidade, onde algumas supervalorizam a teoria e menospreza a prática aos reais motivos dos profissionais, pois sem amor pela profissão fica difícil não cair nos "golpes" da coleção de jargões e bordões.
Em relação a isso não podemos desprezar a prática da sala de aula, do compromisso de alunos e professores, de aprendizado verdadeiro. O aluno não pode ficar apenas no ler e escrever (muitas vezes insuficientes, pois leem e escrevem mal). E para passar de ano e conseguir uma vaga nas faculdades tem que ser por mérito de estudo.
Todos têm capacidade para isso, basta exercitar e aprender. É preciso levar a educação mais à sério.Vários fatores têm colaborado para que a educação no Brasil esteja tão incapaz.
Entre eles podemos destacar: grande número de cursos à distância, educação infantil com professores despreparados e sem rigor, facilidade para aprovação de alunos, programas para aprovações, participação de sindicatos. Que, conforme a antropóloga Eunice Durham afirma “está suficientemente claro que a ação fundamental desses movimentos sindicais é de garantir direitos corporativos, e não o bom ensino... os aspirantes a professor são expostos a uma coleção de jargões de esquerda, onde tudo tem que ser decidido nas assembleias”.
Ora, o que precisa mudar primeiro é a visão, compromisso de muitos professores, que criticam, reclamam, mas que na hora de ensinar deixam acontecer.
A profissão de professor é muito importante, e de muita responsabilidade, pois é através da escola que os cidadãos direcionam as suas profissões. Para se tornar um médico, um advogado, um administrador, um engenheiro entre outras, é preciso que esteja durante horas e anos dentro de uma sala se atualizando, trocando experiências, seja aprendendo, seja ensinando e assim adquirindo mais conhecimentos.
Texto por Roberta Simões
Obs: Obrigada Márcia Lúcia de Paula, pela charge.

sábado, 11 de julho de 2009

Aprovação e formação pressionada

O objetivo inicial da alfabetização é que a criança aprenda a ler, escrever e saber usar as quatro operações matemáticas. A alfabetização, na verdade, começa dentro do próprio ambiente familiar, onde há, ou pelo menos, deve haver o diálogo, contar histórias e a presença de uma musicalização. Isso tudo faz parte da formação cognitiva da pessoa.
A oralidade, a fala, é a segunda fase de comunicação (A primeira é através dos gestos, olhares e choros dos bebês). No entanto, a fase mais preocupante é a da escrita. Muitas pessoas sabem falar bem, se comunicam mesmo através de variações linguísticas.
Como professora de Língua Portuguesa é triste verificar a grande quantidade de erros na ortografia que encontramos nas produções de texto. Muitas vezes temos que “traduzir”, ou até mesmo interpretar o que o aluno quis dizer. Deparamos então, com textos totalmente sem coesão e coerência. Não há uma sequência dos fatos, ficando muitas vezes sem lógica.
Todavia, em outra situação, os governantes parecem demonstrar um descaso com a educação, menosprezando a sua importância, fazendo parecer que não é levada a sério, ou seja, o aluno permanece durante os quatro bimestres estudando, aprendendo, trocando experiências e informações. Mas mesmo assim, aqueles que não tiveram interesse, fazem a prova conhecida como NOA (Nova oportunidade de avaliação).
Como se não bastasse, as várias recuperações, oportunidades e chances que as escolas permitem aos alunos durante o período do ano letivo, o sistema educacional propõe a NOA ou AEA (avaliação de estudos autônomos) onde a pontuação é zerada, e a prova valerá cem pontos.
Aí podemos perceber o descaso, pois em apenas um dia, aquele aluno que não produziu durante o ano todo, durante os duzentos dias letivos, pode simplesmente “passar” de ano. Mais uma vez percebemos que a quantidade se torna mais frequente e mais importante do que a qualidade.
É comum professores desabafarem se sentindo pressionados para passar os alunos, e com isso a tendência é vermos um péssimo aprendizado. Estamos formando analfabetos funcionais, isto é, formando pessoas que, mesmo com a capacidade de decodificar minimamente as letras, geralmente frases, sentenças e textos curtos, além dos números, não desenvolve a habilidade de interpretação de texto e de fazer as operações matemáticas.
O que o sistema educacional quer é que o aluno passe de ano, mesmo que não tenha aprendido nada. A educação se torna desacreditada. Lembro-me de quando uma aluna me perguntou se eu não trabalhava e só dava aula. Fiquei sem reação no momento, mas percebi que através da postura do sistema, é assim que muitos alunos veem o professor. Muitos pais também transferem a responsabilidade para a escola. A escola tradicional, com o seu real sentido, está perdendo o seu objetivo. Até mesmo o ensino superior está sendo atingido, uma vez que aulas presenciais não são importantes o que acontece em muitos cursos à distância. Alguns estudantes preferem um curso rápido e que não tenha compromisso com horários.
Não dando o real valor que esses profissionais merecem, que a educação deveria ter, os cidadãos estarão sendo formados através de uma robotização, apenas para sobrevivência. O aspecto intelectual fica em segundo plano.
Texto por Roberta Simões

sábado, 25 de abril de 2009

(PUBLICAÇÕES) Cidade de Vila Velha

Texto por Roberta Simões publicado no Jornal A Tribuna em 20/05/2005.







Vila Velha! Onde tudo começou... Não é mais uma vila, ela cresceu. É uma cidade que a cada ano vive um admirável crescimento econômico com melhoria na qualidade de vida. Completa 470 anos com muita majestade.
Revivendo o nosso passado, o início da nossa colonização, o surgimento do Estado do Espírito Santo, é a nossa história que completa mais um aniversário, pois no dia 23 de maio de 1535 Vasco Fernandes Coutinho se aproximava do Morro do Moreno para então ancorar a caravela Glória na enseada da Prainha.
Ele veio tomar posse da capitania hereditária recebida do rei de Portugal, D. João III, batizando o lugar de Vila do Espírito Santo, que foi oficialmente reconhecido como Vila Velha no final dos anos 50.
Aprendendo a história da colonização do solo espírito-santense, podemos entender a real importância que a cidade canela-verde possui. Aliás, o rela significado da expressão “canela-verde” tem controvérsias.

Alguns estudiosos sugerem que o termo “atribui-se ao fato de que os indígenas, ao entrar pelas águas esverdeadas de musgos, delas saíam com canelas verdes”. No entanto, outros sugerem que o termo “canela-verde” tem sua origem nos portugueses que deram início à colonização “quando tripulantes da caravela desceram da embarcação e ao passarem pelas águas tiveram algas grudadas em suas pernas e que Vasco Coutinho os batizou com tal apelido”.
Ainda relembrando nossa história, registra-se que quando Vasco Coutinho chegou em 1535, todo litoral brasileiro já era conhecido pelos principais navegadores europeus, mas o interior dessas terras ainda era desconhecido. A partir daí, Vila do Espírito Santo (Vila Velha) ficou sendo a sede da capitania, porém bem modesta.
Quinze anos depois a sede foi transferida para uma ilha vizinha que se chamava Vila Nova de Nossa Senhora da Vitória, que hoje é conhecida com o nome de Vitória, apenas. Vila Velha nos transborda de muito orgulho, com riquezas e belezas naturais, vários pontos turísticos (de conteúdos históricos ou não), aspectos culturais que somente quem tem a oportunidade de conhecer pode sentir.
A cidade já passou por enchentes, muita coisa ficou perdida e todos sofreram conseqüências de alguma forma, mas com força e determinação houve reconstrução, um recomeço, nunca ninguém desistiu. Nunca perderam as esperanças. E a cidade “ressurgiu” com mais força, com mais experiência. Isso demonstra a persistência e coragem de uma população.
Pessoas de diversos lugares se acomodaram nos diversos bairros desta cidade. Provenientes do interior do Estado, de outros estados e de outros países, para se instalarem nesse município que recebe seus turistas com carinho. E que contém um dos cartões postais mais bonitos do Espírito Santo, que é o Convento da Penha.
Menciono, também, os pescadores das regiões da Prainha e de Itapoã, que sempre participaram da história e da economia do município. Hoje, quero parabenizar essa cidade por sua importância, pelo seu crescimento, por sua história, por sua geografia, pelo seu povo.
Cidade formosa, acolhedora, e da sua história fazemos parte também. Como diz o hino oficial da cidade: Cidade encantada “Venha de onde vier; vamos chegando devagar; veja a beleza dessa terra... Para frente Vila Velha querida; pela grandeza da nossa nação”.
Repito o início do texto: Vila velha! Onde tudo começou... Não é mais vila, ela cresceu. Porém se tornou uma Vila Bela dentro de nossos corações.
São 470 anos! Parabéns, capixabas! Parabéns, Espírito Santo! Parabéns, Vila Velha!