sábado, 25 de abril de 2009

(PUBLICAÇÕES) Cidade de Vila Velha

Texto por Roberta Simões publicado no Jornal A Tribuna em 20/05/2005.







Vila Velha! Onde tudo começou... Não é mais uma vila, ela cresceu. É uma cidade que a cada ano vive um admirável crescimento econômico com melhoria na qualidade de vida. Completa 470 anos com muita majestade.
Revivendo o nosso passado, o início da nossa colonização, o surgimento do Estado do Espírito Santo, é a nossa história que completa mais um aniversário, pois no dia 23 de maio de 1535 Vasco Fernandes Coutinho se aproximava do Morro do Moreno para então ancorar a caravela Glória na enseada da Prainha.
Ele veio tomar posse da capitania hereditária recebida do rei de Portugal, D. João III, batizando o lugar de Vila do Espírito Santo, que foi oficialmente reconhecido como Vila Velha no final dos anos 50.
Aprendendo a história da colonização do solo espírito-santense, podemos entender a real importância que a cidade canela-verde possui. Aliás, o rela significado da expressão “canela-verde” tem controvérsias.

Alguns estudiosos sugerem que o termo “atribui-se ao fato de que os indígenas, ao entrar pelas águas esverdeadas de musgos, delas saíam com canelas verdes”. No entanto, outros sugerem que o termo “canela-verde” tem sua origem nos portugueses que deram início à colonização “quando tripulantes da caravela desceram da embarcação e ao passarem pelas águas tiveram algas grudadas em suas pernas e que Vasco Coutinho os batizou com tal apelido”.
Ainda relembrando nossa história, registra-se que quando Vasco Coutinho chegou em 1535, todo litoral brasileiro já era conhecido pelos principais navegadores europeus, mas o interior dessas terras ainda era desconhecido. A partir daí, Vila do Espírito Santo (Vila Velha) ficou sendo a sede da capitania, porém bem modesta.
Quinze anos depois a sede foi transferida para uma ilha vizinha que se chamava Vila Nova de Nossa Senhora da Vitória, que hoje é conhecida com o nome de Vitória, apenas. Vila Velha nos transborda de muito orgulho, com riquezas e belezas naturais, vários pontos turísticos (de conteúdos históricos ou não), aspectos culturais que somente quem tem a oportunidade de conhecer pode sentir.
A cidade já passou por enchentes, muita coisa ficou perdida e todos sofreram conseqüências de alguma forma, mas com força e determinação houve reconstrução, um recomeço, nunca ninguém desistiu. Nunca perderam as esperanças. E a cidade “ressurgiu” com mais força, com mais experiência. Isso demonstra a persistência e coragem de uma população.
Pessoas de diversos lugares se acomodaram nos diversos bairros desta cidade. Provenientes do interior do Estado, de outros estados e de outros países, para se instalarem nesse município que recebe seus turistas com carinho. E que contém um dos cartões postais mais bonitos do Espírito Santo, que é o Convento da Penha.
Menciono, também, os pescadores das regiões da Prainha e de Itapoã, que sempre participaram da história e da economia do município. Hoje, quero parabenizar essa cidade por sua importância, pelo seu crescimento, por sua história, por sua geografia, pelo seu povo.
Cidade formosa, acolhedora, e da sua história fazemos parte também. Como diz o hino oficial da cidade: Cidade encantada “Venha de onde vier; vamos chegando devagar; veja a beleza dessa terra... Para frente Vila Velha querida; pela grandeza da nossa nação”.
Repito o início do texto: Vila velha! Onde tudo começou... Não é mais vila, ela cresceu. Porém se tornou uma Vila Bela dentro de nossos corações.
São 470 anos! Parabéns, capixabas! Parabéns, Espírito Santo! Parabéns, Vila Velha!